A Cavalgada (Raimundo Correia)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

A Cavalgada

A lua banha a solitária estrada...
Silêncio!... Mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem-se aproximando
Do galopar de estranha cavalgada.

São fidalgos que voltam da caçada;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando.
E as trompas a soar vão agitando
O remanso da noite embalsamada...

E o bosque estala, move-se, estremece...
Da cavalgada o estrépito que aumenta
Perde-se após no centro da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce...
E límpida, sem mácula, alvacenta
A lua a estrada solitária banha...

Raimundo Correia

17 comentários:

Raonir Santos disse...

Raonir Santos 2°F

Poesia fixa , regular e rítmica.Procura atingir obtividade completa.Estrutura por meio do contraponto entre o silêncio e o barulho.O silêncio é como uma paisagem melancólica.Essa paisagem deixar atravessar pelos ruídos da cavalgada dos fidalgos , quem voltam alegres e barulhentos.

Unknown disse...

Yuri Mendes 2ºE

Nesta obra o autor relata a sensação que se pode sentir ao estar em uma cavalgada, mas ele fala como se cavalga pela noite, onde o caminho não há nada nem ninguém e com isso é possível relaxar por causa do silêncio da estrada onde se estar seguindo. Ele fala também da imagem do bosque onde o chão estremece ao cavalo correr e a imagem que ele tem ao olhar ao redor, tudo se estremecendo já que ele se encontra “pulando” no cavalo, ele fala da calmaria ao cavalgar pela noite onde só se encontra a lua e a estrada.

drolivers disse...

Poesia fixa , regular e rítmica.Procura atingir obtividade completa.
Uma das maiores preocupações na composição poética dos parnasianos era a precisão das palavras. Esses poetas chegaram ao ponto de criar verdadeiras línguas artificiais para obter o vocabulário adequado ao tema de cada poema.
Movimento literário surgido na França em meados do século XIX, em oposição ao romantismo, o parnasianismo representou na poesia o espírito positivista e científico da época, correspondente ao realismo

Driele II e

. disse...

Nesse poema, percebemos que o silêncio é interrompido pela chegada de pessoas, os fidalgos.
Podemos destacar duas figuras de linguagem: Personificação e hipérbato.
Em relação as características do parnasianismo, pode-se destacar:
- a rima rica
- preciosismo, com enfoque nos detalhes
- objetividade e impessoalidade: O poeta apresenta o fato, a personagem, as coisas como são e acontecem na realidade, sem deformá-los pela sua maneira pessoal de ver, sentir e pensar. Esta posição combate o exagerado subjetivismo romântico.
Em relação ao autor e o texto:
Ele se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo, chegando até a ser sombria. Se analisarmos o texto, conseguimos idealizar um cenário escuro.

Daniel Barreto 2ºD

Unknown disse...

Bárbara Janaína II° E

Lindo poema, que fala sobre a nossa força interna, nossa força oculta.
As rimas as rimas são sempre bem postas e criativas.
Defende em última análise, uma arte que não servisse a nada, nem a difusão qualquer ideologia, nem a ninguém; uma arte voltada para si mesmo. O objetivo da "arte pela arte” , a criação da beleza pelo uso perfeito dos recursos artísticos. Neste sentido, levam ao exagero o culto da rima, do ritmo, do vocabulário, do verso longo. Para o Parnasiano, a poesia deveria ser trabalhada até que resultasse perfeita.

. disse...

Características Parnasianas: busca pelo poema perfeito, descrição dos fatos com ricos detalhes, demostrando impessoalidade nas descrições e vocabulário bastante culto.

Isomar Pires 2ºE

Unknown disse...

O autor se diferencia um pouco dos demais parnasianos porque sua poesia é marcada por um forte pessimismo.Algumas das caracteristimas Parnasianas predominantes no texto : a riima , o enfoque nos detalhes ,a objetividade e impessoalidade.

HELEN OLIVEIRA 2ºE

Unknown disse...

Nesse poema, percebemos que o silêncio é interrompido pela chegada dos fidalgos; e depois o silêncio da noite volta, por causa da saída deles.
2E

Unknown disse...

Felipe de Jesus (2º E)

É possível ver nessa poesia que o autor está procurando objetividade.Como é uma obra parnasianista também é possível notar a rima rica e a preocupação com a escolha das palavras.

Tomás disse...

Uma boa poesia, tem ritimo, e utiliza figuras de linguagem.

Unknown disse...

Camila Araujo 2ºE: Esse Poema procura atingir obtividade completa.
Uma das principais preocupações na composição poética dos parnasianos era a precisão das palavras.

Francisco Coimbra disse...

Leitura vertical, posta na horizontal...

É um soneto com rima
abba, abba, cdc, cdc
onde o tema é “a cavalgada” à luz da lua em estrada solitária, silenciosa, onde…
Aparecem fidalgos voltando de caçada, fazendo barulho, tocando trompas, em cantorias.
Passam, o que fica? Fica o poeta escrevendo a cavalgada ("a cavalgada") a ser engolida na noite, na imaginação?
O poema fica onde começou «A lua a estrada solitária banha...», no último verso ou no primeiro «A lua banha a solitária estrada...»
É, no fechamento da escrita, a representação do «Silêncio!...», «E o silêncio outra vez soturno desce...»
O "clima" do poema é romântico e a escrita, um romance da palavra do poeta com a poesia, fazendo poema, escrevendo Poesia.

Unknown disse...

É encontrado dados subjetivos no tema a cavalgada ??

Pedro Lobo Martins disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Pedro Lobo Martins disse...

Fiz uma "brincadeira" com este poema, adaptando-o à exploração de cavernas, meu hobby.

http://caveab.blogspot.com/2011/10/exploracao.html

A Exploração

A noite banha a solitária dama...
Silêncio!... mas além, confuso e brando,
O som longínquo vem se aproximando
Das vozes que dão alma à crua chama.

São pessoas que vão rumo ao incerto;
Vêm alegres, vêm rindo, vêm cantando,
C'os olhos a brilhar vão perscrutando
As sombras mudas do gentil deserto...

E a gruta ecoa, move-se, estremece...
Dos exploradores a visão fluente
Perde-se então no fundo da montanha...

E o silêncio outra vez soturno desce,
E límpida, sem mácula, candente,
A noite a solitária dama banha...

Chienqfume disse...

Eu gosto muito deste poema e o conheço desde criança. A maior força nele, ao meu ver, está na oposição entre o silêncio e o barulho que cavalos e cavaleiros fazem e, ao passar, o silêncio naquele trecho é retomado. É isso mesmo porque eu também sou cavaleiro e gosto de montar à noite, especialmente na Lua cheia. As estradas de terra ficam prateadas e o silêncio é retomado após a nossa passagem.

Inquiridor disse...

E levemos adiante os comentários concretos a respeito, pois estudar é um processo que não se esgota!

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