Via Láctea - Soneto XIII (Olavo Bilac)

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Via Láctea - Soneto XIII

"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...

E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.

Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"

E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Olavo Bilac

28 comentários:

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Bárbara Janaína disse...

Bárbara Janaína - 2°E
O soneto não descreve simplesmente um objeto, como normalmente acontece no Parnasianismo. A principal diferença é a emotividade e o tema amoroso, que foge da contenção dos parnasianos. Olavo Bilac, no geral, pode ser considerado "um parnasiano na forma, um romântico no conteúdo
Em seu poema Olavo Bilac nos conta que muitas vezes abre suas janelas e conversa com estrelas durante toda a noite e, quando surge o sol, sente muitas saudades delas. O mesmo ocorre quando nos relacionamos com Jesus, nossa Estrela da manhã. Ao conversarmos com Ele nossa face perde a cor de constrangimento e, quando não percebemos Sua presença, começamos a procurá-lo fascinados de saudade.

I@G0 S2 rayane disse...

Iago Pereira 2ºg
o autor faz muito bem o uso das figuras de linguagem principalmente metaforas e metonímia

Raonir Santos disse...

Raonir Santos 2°F

Nesse soneto , percebe-se alguns traços românticos de Olavo Bilac.O sujeito poético faz o elogio do sentimento amoroso , afirmando despertar no meio da noite e abrir a janela "pálido de espanto" para ouvir e conversar com as estrelas , também procurando o "saudoso e em pranto" , pelo céu deserto , quando vem o sol.Assim torna o sujeito poético quanto a natureza em um sentimentalismo explícito obedecendo o rigor técnico da poesia parnasiana.

Anônimo disse...

O soneto relata o imenso amor que Olavo Bilac possuia por sua mãe e muitas vezes não soube manifestar com gestos ou palavras e buscou as 'estrelas' para poder manifestar o que sentia naquele momento.

Larissa Nepomuceno
2 ano F

drolivers disse...

Entre as obras que Bilac escreveu destaca-se a obra Via Láctea em que a objetividade parnasiana evolui para uma postura mais intimista e subjetiva

Driele de Oliveira , II e

- clone social * disse...

Creio que nessa obra Olavo Bilac faz a comparação das estrelas com as mulheres utilizando da figuras de linguagem. E dizendo que para ouvir as estrelas é necessário ama-las ele quer dizer que para entender as mulheres é necessário ama-las.

Everton Assis
IIºD

Icaro Martins disse...

Pode-se observar que as estrelas sofrem um processo de personificação. As estrelas nessa obra representam um ideal amoroso, brilhante e inatingível.

Ícaro Martins
2° ano D

ailma teixeira disse...

Nesse poema de Olavo Bilac há características parnasianas como as rimas ricas; a valorização do soneto, que está presente na divisão das estrofes de quatro e três versos; o descritivismo, porque geralmente a poesia parnasiana é baseada em objetos inertes, nesse caso, as estrelas.

Ailma Teixeira - 2ºD

Unknown disse...

Ana Carolina Borges - 2ºF

Nesta poesia de Olavo Bilac, predomina principalmente a personificação, uma figura de linguagem utilizada constantemente nas poesias parnasianas.
O poeta personifica as estrelas, utiliza delas para descrever algo ou alguém. Elas recebem atribuições típicas do ser humano. Também se identifica outras características do parnasianismo, como: o vocabulário precioso, o poeta utiliza palavras cultas, e segue perfeitamente a forma, como também a valorização da métrica e as rimas ricas.

Francisco A. disse...

Soneto com rimas ricas, que são rimas entre palavras de diferentes classes gramaticais, poesia com 14 versos e quatro estrofes não apresenta refrão, apresenta uma métrica fixa com 10 sílabas poéticas, sendo então versos decassílabos.

Francisco Lima , IIº F

Unknown disse...

no soneto as estrelas são apresentadas com algo brilhante ;inatingível amorosa. A principal diferença é a emotividade e o tema amoroso, que foge da contenção dos parnasianos. Olavo Bilac, no geral, pode ser considerado "um parnasiano na forma, um romântico no conteúdo

Millena oliveira 2º E

Carolina Miranda disse...

‘’E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...’’
No trecho acima notamos mais uma das características da poesia parnasiana, que é o uso das rimas ricas;
‘’E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto. ’’

E neste ele mostra que por mais que ele não consiga de fato entende-las, mas quando elas somem ele sempre as procura. Um exemplo é o caso dos homens, que sempre dizem não entender as mulheres, ou que as mulheres são criaturas complicadas, mas quando elas somem eles sempre as procuram, por não conseguirem viver sem elas.

"Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

Por fim, ele diz que não adianta você querer só entende-las, é preciso ter um sentimento bom por elas, pois se não gostarmos de algo, vamos sempre achar que estamos certos e o resto todo esta errado, não se dando uma chance de entender o outro lado.


Carolina Miranda 2º D

Unknown disse...

Ovalo Bilac apresenta grande atenção para com as características do parnasianismo. Ele destacou a metrificação (podemos perceber isso porque um verso tem continuidade no outro), a utilização de rimas ricas para a composição do poema e também a presença de figuras de linguagem como a personificação.

Bianca Menezes, 2°F

Marcus Paixão => disse...

Em Via Láctea, Olavo Bilac acaba se afastando um pouco da objetividade do parnasianismo (ele assume uma postura mais subjetiva e intimista) e através do uso das aspas ele acaba simulando um diálogo com um interlocutor que o interroga sobre a sua capacidade de ouvir estrelas.

Marcus Paixão 2º E

Dinho trumpet disse...

o texto mostra q o autor em um determinado momento nao soube espressar o amr q ele sentia pela mais e procurou as estrelas pra mostrar uma parte deste amor

Unknown disse...

O soneto compreende também características marcantes do parnasianismo, sendo que esse é caracterizado por rimas ricas, lingugem objetiva, e estética perfeccionista. Em " Via Láctea ", o autor deixa claro, as descrições dos obejtos, porém, de forma mais ilusória. Laura Silveira 2ºF

Unknown disse...

O soneto não descreve simplesmente um objeto, como normalmente acontece no Parnasianismo. A principal diferença é a emotividade e o tema amoroso, que foge da contenção dos parnasianos. claudio 2E

Unknown disse...

Saulo Magno - 2º E

O autor é dominado por um lirismo amoroso platônico, onde mistura formas e truques com o intuito de impressionar o leitor. Lirismo este que impregnava o pensamento dos homens ainda no começo da civilização e ainda impregna o das pessoas místicas.
A rima está presente, como uma demanda parnasianista. Olavo Bilac revela também a inconsciência do valor humano e modelador da arte.

C ' Onde disse...

Leny Conde-2°F

Bilac supera os limites da perfeição,no que tem como luminoso título "Via Láctea",todo ele formado de sonetos,jóia rara da alta poesia.Sua poesia sincera é um drama de amor,em que ele transfigurou uma grande paixão não realizada por Amélia de Oliveira sua musa inspiradora.

C ' Onde disse...

Davi Lemos-2°F

Aposto que todos aqui já devem saber que se trata de um poema parnasiano,por isso não entrarei em detalhes.
Sem dúvidas é um dos meus poemas preferidos do grande Olavo Bilac.Gosto quando ele diz:"A via-láctea,como um pálio aberto(que seria um sobrecéu com varas usado em profissões. Cintila( espladece,quando ele fala com estrelas.Quem nunca conversou com estrelas?Se nunca,saiba que irá um dia,pois é inevitável amar.E se queres entende-las tudo que posso dizer é:Amai para entende-las.

Unknown disse...

Senão tivermos amor nada seremos!!

Estudos Literários da Lingua Portuguesa disse...

Amei essa relação que vc fez. Intertextualidade perfeita.

Estudos Literários da Lingua Portuguesa disse...

Amei essa relação que vc fez. Intertextualidade perfeita.

Anônimo disse...

Amo toda a obra de Olavo Bilac, os sônetos Criação (1919) os sônetos lV, Vl X, Xlll, XXVl e XXlX,todos eles cantodos .iisto é ,sem aranjos , só minha vóz.

Leonora Scherer disse...

Kkkkkk

Lu com L de linda disse...

cara, o tanto que eu amo esse soneto do Bilac.

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